segunda-feira, 21 de junho de 2010

Deus

Deus, estou zangada contigo. Imagino que já Te habituas-te às minhas zangas, como Te habituas-te as minhas dúvidas, as minhas ausências, aos meus regressos como se nada tivesse acontecido, aos nossos momentos de harmonia (aqueles que de vez em quando vamos tendo), à minha incompreensão de tanta coisa que fazes e de tantas que não fazes, aos meus ralhetes, quando fico amuada, ao que considero a Tua justiça e as Tuas injustiças, sim sei se que sou parva e um pouco lenta a entender os Teus caminhos ou a profundeza da Tua Divina Sabedoria ou o significado dos Teus gestos, mas acredita que estou atenta. Não entendo a dor nem o sofrimento das crianças, porque que existem mulheres que tem filhos e não são mães, porque que vivemos toda uma vida de sacrifícios e esperança e acabamos que nem fardo que só pesa e ninguém quer, porque que nascemos só com uma cara e algumas pessoas conseguem ter duas. Enfim estas são algumas das coisas que eu penso e continuo a espera que um dia encontre a resposta. Esta nossa conversa vai continuar, porque eu sei que mesmo sendo uma chata, Tu pelo menos Ouves-me

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